Quem tem religião vive mais e melhor, aponta estudo de Harvard
Cada vez mais, a ciência tem comprovado, com dados, aquilo que os cristãos já sabem na prática: ter uma religião faz bem para a saúde. Um estudo feito por pesquisadores de Harvard, com mais de 70 mil pessoas, ao longo de 16 anos, mostrou que fiéis que frequentam uma igreja vivem mais do que aqueles que não seguem nenhuma crença. Além disso, a prática religiosa reduz os níveis de depressão, ajuda na recuperação da dependência química, melhora a qualidade de vida, entre outros benefícios.
O estudo, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), demonstrou que pessoas que têm uma religião e frequentam uma igreja semanalmente apresentaram uma redução de 50% na mortalidade geral, além de registrarem menores índices de suicídio, recuperação mais rápida de quadros depressivos e melhora geral no bem-estar.
“Hoje em dia há milhares de estudos sobre os impactos do mundo religioso sobre a saúde. É importante, enquanto cientistas, tentar entender esse fenômeno. Não podemos negá-lo nem, a priori, achar que temos uma explicação pronta para isso”, ressalta o professor titular de psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alexander Moreira Almeida, durante o programa CNN Sinais Vitais, apresentado pelo Dr. Roberto Kalil.
Quando a religião atrapalha?
Por outro lado, Dr. Almeida alertou para o lado negativo da religião em relação à saúde, especialmente quando a pessoa abandona o tratamento para tentar resolver o problema unicamente pela fé.
“A religião se torna negativa quando a pessoa abandona os tratamentos médicos e psicológicos porque acha que é uma questão puramente espiritual. Ou então adota uma postura passiva: ‘Eu não vou fazer nada porque o meu problema é o demônio. Não vou fazer nada porque Deus vai resolver a minha vida’”, alerta.
Ele também criticou médicos que são radicais e desprezam a busca espiritual do paciente. “Por isso defendemos uma abordagem ‘bio-psico-sócio-espiritual’, que integre todos os aspectos do indivíduo. Para afirmar a parte biológica, eu não preciso negar a espiritual”, destacou.
Já o professor de psiquiatria da Universidade de São Paulo, Wagner Gattaz, que também participou do programa CNN Sinais Vitais, ressaltou a importância de os hospitais oferecerem ao paciente o serviço de capelania.
“No Brasil, esses serviços ainda são pouco intensivos. Na Europa, a capelania sempre se oferece ao paciente: ‘Qual a sua religião? Você gostaria de falar com um pastor ou um padre?’ Levar conforto espiritual deveria ser uma missão que os hospitais levassem mais a sério”, sugere Gattaz.
Fonte: Comunhão
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